domingo, 26 de dezembro de 2010

Lions Park


Estamos passando este Natal na companhia de animais selvagens no Lions Park em Johannesburg, África do Sul. Tiramos retrato junto aos bebês leões. Alguns de nós chegaram a tocá-los. Uma girafa também veio comer na mão do Antônio Mateus e de turistas orientais. Vimos hienas e chitaas de fora das cercas. À tarde, entramos num ônibus todo gradeado (uma jaula ambulante) e passeamos pela reserva, observando zebras, blazebocks, leões e leoas – novinhos e adultos e cachorros selvagens.

 

Uma jovem guia explicou que as zebras são cinzas, mas seu pelo é listrado. Pode-se notar sua verdadeira cor quando o pelo é cortado. As listras servem de camuflagem contra os predadores, que só enxergam em preto e branco e se confundem quando um bando de zebras cruza seu caminho. 

Os blazeboks têm esse nome por causa de um brilho que têm nas costas. As fêmeas dão à luz como os coelhos, todas ao mesmo tempo pois, assim, mesmo se alguns filhotes forem comidos, ainda restam muitos para a propagação da espécie. Eles costumam balançar a cabeça para a frente, tentando se livrar de vermes nas narinas. 

Leões e leoas moram juntos. Sentem-se donos do território e, por isso, não tentam escapar da reserva. Isso só acontece se houver uma briga séria, ou se um macho sentir o cheiro de outra fêmea fora do seu território ou se faltar comida – o que não é o caso aqui. Nos últimos dez anos, aliás, a reserva tem ganhado galinhas, bois e carneiros dos fazendeiros da região, que doam os bichos mortos para alimentar os leões deste parque. Um leão come, em média, 50 kg de carne, uma só vez na semana. Isso porque dormem de 18 a 20 horas por dia, não necessitando de mais alimento sob o risco de engordarem demais. A certa altura, um leão de dois anos de idade chegou tão perto que subiu a grade de fora do ônibus, enquanto batíamos fotos. Mylena pôs o dedo em sua pata – a corajosa! 

Vimos também o John – leão chefe e bravo. Já matou um turista aqui há uns 3 anos atrás. Mas o cara pediu pra ser comido ao descer do carro e caminhar sozinho em sua direção! Parece que um treinador daqui consegue aproximar-se de John sem risco, pois o rei leão gosta dele! As propagandas do parque são feitas com essa dupla. 

Finalmente, os cachorros selvagens são mais perigosos do que os leões, segundo a guia. Os funcionários sempre acertam-nos com dardos de tranqüilizante antes de se aproximarem deles para um exame qualquer. Já dos leões, dizem, dá para chegar junto. Um cachorro selvagem corre diretamente em direção à sua presa e, de uma só abocanhada, rasga suas tripas e come o bicho vivo! Apesar da violência, diz a guia, uma morte assim é dolorosa do que a da presa de um leão que, primeiro, é sufocada até morrer para depois ser ingerida. A prova de que os brutos também amam é que os cachorros selvagens têm um forte senso de família. Assim, todos alimentam os filhotes, independentemente de serem os pais ou não. Mas, como nós, são capazes de matarem-se uns aos outros sem piedade numa briga.


  

3 comentários:

  1. Rose, quantas experiências em uma só viagem ,hem ???
    Que coisa boa !!!
    Te desejo, mesmo que com um pequeno atrso, um FELIZ NATAL e que 2011 seja um ano NOVO A CADA DIA !!!
    Te adooooro SEMPRE !!!
    Claudinha

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  2. Uhuuuuuuuuuuuuu Rosana!!!! Radical este nosso passeio no parque dos leões!!!!!!!!!!! e por aí vem mais!!!! fá

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  3. Nossa Menina, a cachorra, é de uma raça da África do Sul(são poucos os criadores dessa raça aqui). O nome é Rhodesian Ridgeback. Eles têm um pelo que nasce ao contrário ao longo das costas e são caçadores - as matilhas cercam leões, imagine! A Menina faz uma ano agora em janeiro e estamos a cada dia mais apaixonados por ela!

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