13/01/11.
A viagem de ônibus até Udaipur teve duas paradas interessantes. A primeira, não programada, para observarmos um boi rodando em círculos para tocar um pilão que espremia sementes de gergelim para extração do óleo. Uma pasta daquilo com melado era vendida em saquinhos de plástico, desses que seguram sanduíches. É claro que nosso professor comprou. Aquele tem estômago de avestruz. Experimenta qualquer negócio de qualquer barraquinha, limpo ou não. Achei interessante, pois me pareceu o projeto piloto da famosa barrinha de cereais ocidental.
A outra parada foi num templo jainista impressionantemente belo. Todo em mármore branco por dentro com pilastras aos montes super trabalhadas. O teto também era ricamente esculpido. E tudo branco. Não tirei fotos lá, mas vale a lembrança.
Já Udaipur, propriamente, fica no alto das montanhas. Já foi capital da Índia imperial. Essa cidade guarda alguns dos principais lagos do estado. Visitamos um que é artificial - Lake Pichola. Logo entendi por que Udaipur é a Veneza indiana. Há ilhas com palácios sobre o lago e hotéis de luxo por toda sua volta. No passeio de barco que fizemos, encontrei um produtor de eventos de Bollywood, sua esposa e uma amiga.
Estavam marcando a locação de um casamento de 2.000.000 de dólares de algum ricaço do cinema indiano. Disse ser a moda aqui agora entre os abastados.
Fora dali, a pobreza é impressionante, sendo Udaipur uma área predominantemente rural. A Índia consegue ser pior que o Brasil em termos da desigualdade social. Não quis pagar para tirar fotos do local. Achei que não merecia, apesar de ter sido belíssimo. O City Palace era todo tortuoso por dentro, parecendo um labirinto antigo. Portas e passagens da altura de um anão abriam-se de repente para um pátio, ou jardim interno ou ainda belíssimas vistas do lago e da cidade ao longe.
E vejam só a cara do chicken burger indiano, que comi num hotel chique, que não era o nosso:
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